A Princesa Aprisionada - Meg Mendes
Cinco. Cinco vogais. Cinco sentidos. Cinco amigos. Cinco escritores. Camila, Meg, Morphine, Naiane e Natasja, esse é o Clube dos Cinco. Eles se reúnem à meia-noite em volta de uma fogueira, abrem uma boa garrafa de vinho e contam histórias.
Meg Mendes ergueu sua taça e disse de modo solene: “Declaro iniciada a reunião do Clube dos Cinco. Espero que apreciem a minha história”.
A Princesa Aprisionada
Meg Mendes
Era uma vez uma princesa que
foi aprisionada por uma bruxa má. Tal mulher acreditava que a filha do rei
deveria ser sua, uma vez que ela tinha sido namorada do soberano antes dele a
trocar pela atual rainha.
Assim, a menina cresceu num
casebre no meio da floresta longe do reino, sem nunca saber que era herdeira do
trono.
O rei procurava por sua
amada filha e havia oferecido uma pomposa fortuna para cavaleiros e príncipes,
qualquer um que encontrasse a bruxa e trouxesse a princesa.
Vários foram os homens
valentes que se apresentaram ao regente garantindo que trariam sua filha de
volta. Muitos fracassaram antes mesmo de chegar perto de onde a princesa
estava. Caíam diante das armadilhas e maldições que a velha bruxa havia
preparado.
Um dia um bravo príncipe
conseguiu passar por todos os obstáculos e chegar até a filha do rei. Ele
explicou quem ela era e porquê ele estava ali. Eles fugiram juntos de volta ao
reino deixando a bruxa para trás que morreu de desgosto.
Ao chegarem no castelo, o
rei ficou muito feliz de ter novamente sua filha. Ele ficou encantado com a
beleza da moça. O príncipe valente recebeu a recompensa do soberano como havia
lhe sido prometido. O rei também lhe concedeu a mão de sua filha para que eles
se casassem.
Durante o baile do casamento
real, todos se encantavam com a beleza da princesa. Muitos homens não paravam
de comentar. O príncipe ouvia tudo e dentro de si o sentimento de ciúmes
crescia a cada comentário que escutava sobre sua bela amada.
Após o casamento, ele levou
sua princesa para habitarem em um castelo distante do reino.
A princesa percebeu que seu
novo lar era tão majestoso quanto o castelo do rei. Nele havia um imenso jardim
aos fundos da propriedade.
O jardim era lindo. Tinha
belas flores ornamentais. Havia diversos caminhos criados por pequenos
arbustos. Tudo era muito bem cuidado. Ao centro uma grande cama com dossel
permitia uma visão magnífica do céu estrelado.
O entorno era todo fechado
com um muro muito elevado feito em pedra lisa. Existia apenas uma porta feita
de madeira.
O príncipe, com medo dos
olhares que todos tinham por sua amada, enlouquecido trancou a bela moça
naquele jardim.
Os anos se passaram sem que
a princesa visse outra pessoa que não o príncipe. Aquele que deveria lhe amar e
respeitar agora era seu algoz. Talvez tivesse sido melhor nunca saber de sua
história, pelo menos a velha bruxa lhe tratava como filha e nunca a prendeu.
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