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Mostrando postagens de setembro, 2018

Cabeça de Boi - Carlos H. F. Gomes

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Cinco. Cinco vogais. Cinco sentidos. Cinco amigos. Cinco escritores. Camila, Meg, Ed, Natanael e Carlos, esse é o Clube dos Cinco. Eles se reúnem à meia-noite em volta de uma fogueira, abrem uma boa garrafa de vinho e contam histórias. Carlos ergueu sua taça e disse de modo solene: “Declaro iniciada a reunião do Clube dos Cinco. Espero que apreciem a minha história”. Cabeça de Boi Carlos H. F. Gomes Lembro-me, como se fosse hoje, da minha ansiedade em chegar logo à chácara para poder ir brincar na terra com meus carrinhos. Saímos cedo de casa, fomos de táxi até a Estação da Luz, onde ficava a rodoviária naquela época, e pegamos o ônibus bege e bordô da Viação Santa Rita, até Mairinque, depois outro que saia do ponto da Prefeitura, na área urbana, e nos deixava em frente à venda do Seu Nelson, na área rural. Mas naquele dia o velho ônibus empoeirado, por dentro e por fora, chacoalhando mais do que das outras vezes, com a pretensão de nos levar em segurança pel

Controle - Ed Celente

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Cinco. Cinco vogais. Cinco sentidos. Cinco amigos. Cinco escritores. Camila, Meg, Ed, Natanael e Carlos, esse é o Clube dos Cinco. Eles se reúnem à meia-noite em volta de uma fogueira, abrem uma boa garrafa de vinho e contam histórias. Ed Celente ergueu sua taça e disse de modo solene: “Declaro iniciada a reunião do Clube dos Cinco. Espero que apreciem a minha história”. Controle Ed Celente             Orfeu era um jovem muito dedicado, filho de Apolo com a musa Calíope, nunca decepcionava quem passasse por ele: seja por sua beleza exuberante, por sua incrível aura ou seja por sua admirável capacidade musical.             Herdeiro da beleza (e do calor) de seu pai, o deus do Sol, tinha todas as meninas a seus pés, dispostas a tudo por uma noite com o fogoso jovem. Apesar dos pesares, Orfeu era um jovem que não tinha cobiças. Queria apenas viver tranquilamente ao lado do amor de sua vida, Eurídice, a mais bela mulher que seus olhos já viram.             No di

O Deus do Submundo - C. B. Kaihatsu

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Cinco. Cinco vogais. Cinco sentidos. Cinco amigos. Cinco escritores. Camila, Meg, Ed, Natanael e Carlos, esse é o Clube dos Cinco. Eles se reúnem à meia-noite em volta de uma fogueira, abrem uma boa garrafa de vinho e contam histórias. C. B. Kaihatsu ergueu sua taça e disse de modo solene: “Declaro iniciada a reunião do Clube dos Cinco. Espero que apreciem a minha história”. O Deus do Submundo  C. B. Kaihatsu “Forever wrapped in darkness The forgotten valleys of Hades” 1 (Bathory) Apolônio entrou no tribunal do submundo com passos vacilantes, avistou os três grandes juízes e um frio tomou conta de sua alma quando seu olhar cruzou com o juiz supremo daquele julgamento, o próprio Hades, deus do submundo. Hades se regozijou com o medo nos olhos do homem, ou melhor do espectro do homem. E saboreando cada palavra, disse soberbo: — Vejo a injustiça exalar de você, meu jovem! Vocês temem tanto a mim! Não ousam dizer meu nome e nem me fazem altar. Tu deverias sa

A Sina do Barqueiro - Meg Mendes

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Cinco. Cinco vogais. Cinco sentidos. Cinco amigos. Cinco escritores. Camila, Meg, Ed, Natanael e Carlos, esse é o Clube dos Cinco. Eles se reúnem à meia-noite em volta de uma fogueira, abrem uma boa garrafa de vinho e contam histórias. Meg Mendes ergueu sua taça e disse de modo solene: “Declaro iniciada a reunião do Clube dos Cinco. Espero que apreciem a minha história”. A Sina do Barqueiro Meg Mendes Caronte era o Barqueiro do Hades, sua sina era carregar as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige, que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Sendo um dos filhos de Nyx, ele tentou roubar a caixa de Pandora onde jaziam presos seus irmãos e irmãs e por tal feito foi condenado por Zeus a uma eternidade no submundo. Uma corrente encantada prendia-lhe o tornozelo e o fazia refém de seu destino. Certa vez o barqueiro transportou um jovem rapaz que possuía a túnica da sorte. Tal manto propiciaria sucesso em qualquer intento que o rapaz realizasse.

O Mito dos Mitos - Natanael Otávio

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Cinco. Cinco vogais. Cinco sentidos. Cinco amigos. Cinco escritores. Camila, Meg, Ed, Natanael e Carlos, esse é o Clube dos Cinco. Eles se reúnem à meia-noite em volta de uma fogueira, abrem uma boa garrafa de vinho e contam histórias. Natanael Otávio ergueu sua taça e disse de modo solene: “Declaro iniciada a reunião do Clube dos Cinco. Espero que apreciem a minha história”. O Mito dos Mitos Natanael Otávio Byron o chamava de o velho cego da rochosa ilha de Sio. Gosto de me lembrar dele assim. Gosto também de me lembrar do menino que o acompanhava em suas andanças pelas sete cidades – Esmira, Rodes, Colofon, Salamina, Argos, Atenas e, claro, Sio –, onde juntos mendigavam um pedaço de pão. Do menino a humanidade se esqueceu. Eu não poderia, pois sou o tempo. Certa vez o velho recitava em Salamina acompanhado de sua arpa uma de suas mais surpreendentes epopeias. Um menino emocionado o ouvia em meio à multidão. Sempre no final das apresentações, quando tod